segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Redes Sociais: aprecie com moderação


Alô alô, graças a Deus.


Hoje eu e menina Anita vamos fazer um manual de bom uso das redes socias, um TOP5 da internet.

Tragédia pouca é bobagem

O tempo atual é de conectividade ilimitada e redes sociais indiscretas que anunciam até mesmo que você foi ao dentista. Quem nunca ficou #chatiado porque um amigo foi beber do lado da sua casa e não te chamou? Ele achou que iria passar ileso, o Foursquare denunciou e você, de repente, se viu forever alone, abraçado à almofada com cara de labrador, chorando o convite que não veio.

Isso tudo acontece por que? Porque as pessoas ficaram tão frenéticas com as inúmeras possibilidades das redes sociais que se esqueceram do básico, que é educação e elegância (proj Sandrinha Anemberg).

Sim, senhores, até para usar as redes sociais para dizer que você está comendo um pão na chapa é preciso ter alguma discrição e estar preparado para as consequências nefandas do generoso pacote de dados 3G. Por isso, listamos os cinco maiores vacilos das pessoas que entraram de cabeça nas redes sociais e deram para usá-las sem moderação.

1. Disputada do Foursquare
O cenário: O Foursquare, como todos sabem, foi criado para que as pessoas possam trocar experiências sobre um determinado local, deixar dicas, usar o localizador como ponto de referência, etc etc etc. E, como todos sabem, igualmente, ninguém usa o 4Square com esse objetivo. A verdade é que muita gente tem perfil só pra disputar com os amigos quem é mais legal e consegue estar num zoológico, plataforma continental, trópico de capricórnio, browneria, academia, monumento histórico e até na Baleia, tudo num mesmo santo dia. O risco que se corre é você receber informações chatiadas dos seus amigos que você deixou de chamar pra umas horinhas felizes porque estava louco querendo pontuar no jogo da vida e, com isso, só descansou quando deu check-in na sua casa, que deve ter uma venue própria.
Conselho de amiga: Só faça check-in onde você realmente for e tiver algo de produtivo para compartilhar ou esteja interessado em conhecer. Não precisa, no aeroporto, fazer check-in no portão, na charutaria, na revistaria, no portão de embarque e nem precisa criar a venue da poltrona.

2. Aloka do Facebook
O cenário: fulana foi a uma festinha, conheceu um maluquinho, perguntou “Como cê tá no ~Feice?”, o maluquinho contou, ela o adicionou instantaneamente (salve o 3G!)e pronto, já são amigos de infância. Aí, numa determinada hora, fulana tira uma foto beijando o maluquinho e a prova do crime já está criada. Não contente, a fulana vai lá e POSTA a maldita foto no mural do maluquinho. Não pode, gente! Postar recadinhos de amorzinho no mural de quem quer que seja é crime hediondo. Se até entre namorados a prática é vista com ressalvas, imagine com um maluquinho que você acabou de conhecer? É difícil diagnosticar o tênue limite, mas todos vão concordar que existem níveis e níveis de intimidade que permitem esse gesto. De repente, compartilhar uma piada, um vídeo, uma música ainda são mais toleráveis. Mas compartilhar sorrisinhos, carinhas felizes ou “bom dia, tchucotchuco” é caso de perfil de casal do Orkut. Não, não e não. Controle sua necessidade de intimidade e só use o Facebook pra interagir em comentários ou, no máximo, em chats. Fica menos feio. Ah, e, por favor, não faça postagens marcando seus trocentos amigos! Eles podem não gostar de receber atualização o tempo todo para “Hoje está chovendo, não é Mariana, Daniel, Lidiane, Rafael, Guto, Frederico, Malu, Cadu, Thiago e mais 38 pessoas”.

3. Artista de Instagram
Sobre o Instagram nem existe muito mais a ser dito. Com o ~advento~ dessa canção [paródia do Instagram], todas as críticas foram esgotadas (mentalmente cantarolando “five likes, five likes”). Fotos de comida com filtro nashville ou de pôr-do-sol em com o filtro kelvin [o preferido da Sonia Abrão] são bacanas e tal, mas não é porque o Instagram deixa as fotos maneirinhas que você precisa registrar cada formiga que passa sobre a sua mesa e marcar com uma legenda poética “paixão e morte de uma formiga de bravata”.
Mas o que mais irrita, de verdade, são as milhares de tags que algumas pessoas colocam nas fotos. As tags servem para que os usuários possam procurar fotos temáticas, por exemplo, fotos de sapatos sujos. Mas vamos aprender, gente: por mais bonitinha que tenha ficado sua foto tratada, você não é tão importante assim para as pessoas do outro lado do mundo procurarem a sua foto. Afinal, elas estão ocupadas demais escolhendo melhor os seus próprios filtros.


4. Me segue no Twitter
Não tem coisa pior que “me segue que eu te sigo de volta”. Cara, para e pensa nisso que você acabou de fazer, cê acha mesmo que vai dar certo?
O Twitter é uma grande vizinhança e tal, a gente vai se conhecendo, vai se falando, aos poucos vai batendo na porta da pessoa pra chamar ela pra ficar na rua conversando e depois de muito tempo você tá gritando pela janela, chamando a mãe da pessoa de Tia e perguntando se o/a fulano/a está lá. Tô errada?
Logo, o “me segue que eu sigo de volta” não vai rolar, isso faz com que você seja o excluído da turma da vizinhança, ou aquela casa que todo mundo tem medo de passar em frente.
Quando você segue alguém, não necessariamente essa pessoa tem que te seguir de volta, aí volto na relação da vizinhança.

5. Me adiciona na sua rede Linkedin
Não tem coisa mais insuportável nesse mundo que receber e-mail do Linkedin. Acontece que Linkedin é um mal necessário e, se usado com bom senso, é uma excelente ferramenta de networking profissional e serve para selecionar pessoas e empresas para fins corporativos. Corporativos.
De repente você abre sua página e descobre que a moça da academia te adicionou. Ou que o maluco que trocou e-mail com você solicita conexão.
Veja bem, não é uma rede social de ex-alunos do colégio Gente Miúda! Não é uma rede de desconhecidos. É uma rede de fins profissionais. Solicitar conexão a uma pessoa só porque você achou bonita a descrição do cargo dela ou porque você tem interesse em ser parceiro da empresa em que ela trabalha é patético!


Então, não tem problema não ter um milhão de conexões no Linkedin, um milhão de seguidores no Twitter ou um milhão de amigos no Facebook. Usar com moderação as redes sociais, por si só, já é um grande feito.

Até a próxima.
E ó, não acabaram as entrevistas ainda, viu? Só demos um tempinho pra voltar com ~a corda toda~.

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